A Videoarte nasceu na década de 60, fruto de uma geração contraria as produções comerciais e em busca de novas linguagens e suportes, resultando na eclosão entre diferentes práticas, tais como: cinema, música, vídeo e fotografia.
Suas principais características são a utilização do vídeo, crítica à arte de galeria e censura à televisão e suas ideologias amplamente propagadas no universo contemporâneo. Não é por acaso que pioneiros da Videoarte, como o grupo Fluxus , intitulavam-se uma vertente “contra-televisão”.
Muitos dos seus princípios foram influenciados pelo Minimalismo, Dadaísmo e Pop Art, gerando uma expressão que se vale de poucos elementos centrais, inspirada na música, no design e na tecnologia e que se recusa a separar arte da vida cotidiana bem como nega as formas artísticas tradicionais e os valores sociais vigentes.
A finalidade máxima de suas performances, como as instalações vídeoarquitetônicas , é romper com a passividade do espectador diante da arte contemplativa, propondo-lhe uma participação ativa nas imagens, sons e luzes emitidas pela tela e lançadas no mundo através da interação entre tempo, espaço e público.
Principais videoartistas: Nam June Paik, Joan Jonas, Steina e Woody Vasulka, Bruce Nauman, Chris Burden, Bill Viola, Pipilotti Rist e Matthew Barney.
O Grupo Fluxus:
O grupo se formou em 1961, na Alemanha, sob a liderança do lituano George Maciunas.
Fluxus era, inicialmente, o titulo de uma revista destinada a publicação de textos e artigos vanguardistas, mas rapidamente passou a designar uma série de performances realizadas na Europa e encabeçadas por diversos artistas ,como : Wolf Vostell, Nam June Paik, Joseph Beuys, Ben Vautier, Le Mont Young, Robert Filiou, Dick Higgins, Alice Hutchins, Joe Jones, Robert Watts e George Brecht, Takehisa Kosugi e Yoko Ono.
Influenciado pelo Dadaísmo e pelo Construtivismo Russo,o grupo era uma forma de interação e experimentação coletiva ,que envolvia músicos, cineastas, atores, diretores e artistas plásticos. Posicionados contra os valores burgueses, a arte das galerias, e o individualismo, os membros do Fluxus assinavam suas obras coletivamente e através de uma postura radical e subversiva uniam arte e cotidiano, atacando as convenções tradicionais com humor e provocação.
O Underground americano:
Podemos afirmar que a principal característica do Underground é ser um movimento sem características definidas graças à sua índole experimental, na qual tudo é possível.
O Underground surgiu na década de 60, juntamente com a vídeoarte e suas incursões sobre um novo modo de fazer fílmico. Ambos se confundem e muitas vezes designam a mesma coisa.
Tais filmes são geralmente caseiros ou produções independentes que subvertem os gêneros cinematográficos da época bem como o sistema social e o próprio espectador. Se na Videoarte a crítica principal era destinada à televisão, no underground o alvo é Hollywood.
Principais cineastas do movimento: Maia Deren, Kenneth Anger, Jordan Belson, Andy Warhol, Jonas Mekas.
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