terça-feira, 21 de maio de 2013

Bill Viola


Em 1951 veio ao mundo àquele se tornaria um dos principais videoartistas da atualidade: Bill Viola.

O escultor norte americano iniciou sua carreia audiovisual a partir dos anos 70 e uma década depois estabeleceu o vídeo como forma de expressão fundamental na arte contemporânea.

Durante os 35 anos que entremeiam o inicio de sua produção (1980) e os dias atuais, Bill Viola realizou um sem numero de vídeos, instalações videoarquitetônicas, ambientes sonoros, performances musicais eletrônicas e trabalhos televisivos.
Suas obras são características pela alta tecnologia e a precisão que as envolve, e também por seus temas.

Bill Viola explora incessantemente o universo e a condição humana trabalhando a percepção sensorial como forma de autoconhecimento e transcendência através do misticismo cristão e de filosofias orientais.

A temática do videoartista traz reflexões sobre experiências humanas universais- como: vida, morte, nascimento, consciência, corpo e sua transitoriedade - que através dos sons e imagens visam alcançar no espectador um efeito emocional particular e individual. 


Sendo assim, trabalha com a lentidão das ações e imagens contrastantes como forma de revelação dos sentidos e estados emocionais.

Seus vídeos são impactantes e compostos por sons ruidosos e desconfortáveis que retiram o espectador de seu lugar comum. O videoartista provoca, irrita e incita a paciência do público visando à transcendência emocional para melhor fruição daquilo que lhe é exposto.

Outro elemento fundamental que permeia a produção de Viola- e da grande maioria dos videoartistas- é a crítica à televisão, como se observa no vídeo “Reverse Television” de 1983 na qual apresenta a relação de passividade catatônica dos espectadores diante da televisão.















VIDEOARTE


A Videoarte nasceu na década de 60, fruto de uma geração contraria as produções comerciais e em busca de novas linguagens e suportes, resultando na eclosão entre diferentes práticas, tais como: cinema, música, vídeo e fotografia. 
Suas principais características são a utilização do vídeo, crítica à arte de galeria e censura à televisão e suas ideologias amplamente propagadas no universo contemporâneo. Não é por acaso que pioneiros da Videoarte, como o grupo Fluxus , intitulavam-se uma vertente “contra-televisão”.
Muitos dos seus princípios foram influenciados pelo Minimalismo, Dadaísmo e Pop Art, gerando uma expressão que se vale de poucos elementos centrais, inspirada na música, no design e na tecnologia e que se recusa a separar arte da vida cotidiana bem como nega as formas artísticas tradicionais e os valores sociais vigentes.
  A finalidade máxima de suas performances, como as instalações vídeoarquitetônicas , é romper com a passividade do espectador diante da arte contemplativa, propondo-lhe uma participação ativa nas imagens, sons e luzes emitidas pela tela e lançadas no mundo através da interação entre tempo, espaço e público.
Principais videoartistas: Nam June Paik, Joan Jonas, Steina e Woody Vasulka, Bruce Nauman, Chris Burden, Bill Viola, Pipilotti Rist e Matthew Barney.


O Grupo Fluxus:

O grupo se formou em 1961, na Alemanha, sob a liderança do lituano George Maciunas.
Fluxus era, inicialmente, o titulo de uma revista destinada a publicação de textos e artigos vanguardistas, mas rapidamente passou a designar uma série de performances realizadas na Europa e encabeçadas por diversos artistas ,como : Wolf Vostell, Nam June Paik, Joseph Beuys, Ben Vautier, Le Mont Young, Robert Filiou, Dick Higgins, Alice Hutchins, Joe Jones, Robert Watts e George Brecht, Takehisa Kosugi e Yoko Ono.
Influenciado pelo Dadaísmo e pelo Construtivismo Russo,o grupo era  uma forma de interação e experimentação coletiva ,que envolvia   músicos, cineastas, atores, diretores e artistas plásticos. Posicionados contra os valores burgueses, a arte das galerias, e o individualismo, os membros do Fluxus assinavam suas obras coletivamente e através de uma postura radical e subversiva uniam arte e cotidiano, atacando as convenções tradicionais com humor e provocação.












O Underground americano:

Podemos afirmar que a principal característica do Underground é ser um movimento sem características definidas graças à sua índole experimental, na qual tudo é possível.

O Underground surgiu na década de 60, juntamente com a vídeoarte e suas incursões sobre um novo modo de fazer fílmico. Ambos se confundem e muitas vezes designam a mesma coisa.

Tais filmes são geralmente caseiros ou produções independentes que subvertem os gêneros cinematográficos da época bem como o sistema social e o próprio espectador. Se na Videoarte a crítica principal era destinada à televisão, no underground o alvo é Hollywood.

Principais cineastas do movimento: Maia Deren, Kenneth Anger, Jordan Belson,  Andy Warhol, Jonas Mekas.